Friday, December 28, 2007

Há bolha ou não há bolha?

Descobri este vídeo através do Digital do Público. Com polémica por causa dos direitos de autor ou sem ela, a verdade é que está muito bem apanhado! Web 2.0, planos de negócio baseados no efeito de rede, oferecer o serviço principal e cobrar pequenos serviços para viabilizar o negócio... Onde é que eu já ouvi isto? Terá sido só há 7 anos? :)

Sunday, December 9, 2007

A beleza da física



Vale a pena ouvir o físico Murray Gell-Mann, autor do Quark e o Jaguar, na última talk do TED. É impressionante ver como ele mostra que a beleza é essencial, mesmo nos domínios insondáveis da física de partículas e da matemática mais avançada. Será que uma equação, por ser tão "bela", tem mesmo de ser verdadeira? Será essa "beleza" o sinal de "algo mais"? Até a isso Gell-Mann responde no fim da conversa...

Friday, December 7, 2007

É este o livro do futuro?

kindle
Era inevitável que a Amazon avançasse para o terreno dos livros electrónicos mas tenho dúvidas que seja desta que os livros em papel corram o risco de ficar obsoletos... Ainda assim, é verdade que o novo leitor de e-books da Amazon, o Kindle, parece ter alguns argumentos. É leve, tem bom contraste, os livros são relativamente baratos e parece ser fácil de usar navegando pelas opções. Pelo contrário, é caro (US$399), não tem um design extraordinário e a forma de ligação à rede é estranha usa a rede móvel mas não percebi muito bem como nem onde... Por enquanto vou continuar com o velho cheiro a papel e tinta, continuando a usar o telemóvel para uns livros comprados na Mobipocket. :)

Friday, September 21, 2007

O mundo plano

Tom Friedman surpreendeu muita gente em 2005 quando anunciou que, subitamente, o mundo se tinha tornado mais plano. Ele quis dizer com isso que o terreno de jogo estava mais nivelado porque se estavam a esbater as barreiras tradicionais da geografia e da economia. Nesse “mundo plano”, países, empresas e indivíduos passam a conseguir competir à escala global a partir de locais periféricos como Bangalore, na Índia, ou Dalian, na China.

mundoplano
Uma forma de expressar esta transformação é como uma terceira vaga de globalização. Primeiro, com os descobrimentos, assistiu-se a uma globalização de países, competindo entre si por um domínio político e económico do mundo. Depois, desde a revolução industrial, verificou-se uma progressiva globalização de empresas, com o surgimento de multinacionais e a deslocalização da produção. Agora, Friedman afirma que se desenha uma globalização das pessoas, que passaram a poder competir e trabalhar a uma escala planetária.

Friedman articula esta ideia de forma original e interpreta um conjunto amplo de sinais do nosso mundo, identificando 10 acontecimentos que estão a “tornar o mundo plano”: A queda do muro de Berlim (09/11/1989); o dia em que a Netscape entrou na bolsa; o aparecimento do software de sistematização de fluxos de trabalho que permite dividir, distribuir e reagrupar tarefas intelectuais; o desenvolvimento do software open-source; o outsourcing dos trabalhos necessários para a correcção do “bug” do ano 2000; o offshoring com a deslocalização da produção; a maior eficiência das cadeias de aprovisionamento; o insourcing que permite a pequenas empresas a oferta de um serviço global; o in-forming com a utilização da pesquisa online no na nossa vida quotidiana; e, por último, o acesso portátil a todos estes recursos através de PDAs e telemóveis que tornam possível o acesso ao mundo a qualquer momento e em qualquer lugar, de forma pessoal, digital e individual.

Será mesmo assim tão evidente? Tenho dúvidas. Os que partiram à frente nesta corrida, continuam à frente, embora as hipóteses pareçam mais risonhas para aqueles, como nós, que partem com atraso. Mas esteja mais ou menos plano, o mundo hoje está diferente e é verdade que qualquer pessoa pode comprar ou vender bens de ou para qualquer parte do mundo. Para além disso, qualquer actividade que possa ser digitalizada e dividida pode ser feita em qualquer parte do mundo, o que permite que profissionais em qualquer país possam ser competitivos neste mercado de trabalho global. Assim, qualquer país parece poder competir com os “grandes”, desde que desenvolva as competências técnicas, tecnológicas ou científicas necessárias para vingar. Como desenvolver essas competências é o mais difícil, essa é a barreira que impede o mundo de ser verdadeiramente plano.

Wednesday, August 29, 2007

Somos nós a máquina?



Este vídeo surgiu como uma resposta a uma descrição (um bocado monocórdica) da Web 2.0 que foi colocada no YouTube, mas já foi visto muito mais vezes (3.331.565 no momento em que escrevo). É uma ilustração fascinante do presente, da forma como a tecnologia está a mudar a forma como interagimos com a informação, como a organizamos e como a usamos.

Num mundo de texto digital, ligado por hiperligações, trocado através de XML e agregado em leitores de RSS, não estamos só a usar a máquina. É a “máquina” que nos usa a nós e somos nós que nos tornamos na “máquina”, uma rede de milhões de pessoas que comunicam entre si e partilham informação.

Inspirador ou assustador?

Thursday, August 16, 2007

Parker "51", a caneta eterna

Já usei muitas canetas, modernas, antigas, caras, baratas, mas há uma que se distingue: a Parker “51”. Lançada em 1941 e produzida até meados dos anos 1970, a “51” é um objecto simples, discreto e perfeito no seu funcionamento, mesmo depois de 40 ou 50 anos a escrever.

Os instrumentos de escrita estão hoje reduzir-se a dois segmentos: objectos descartáveis, com duração limitada e baixo custo, ou objectos de status que, muitas vezes, sacrificam a sua função à imagem. Mas, quanto mais escrevo em teclados de computador, mais me apetece sentir o deslizar suave de um aparo sobre o papel. E, para isso, não há nenhuma caneta como a Parker “51”.

p51s3

Se quiser conhecer tudo o que há para saber sobre esta caneta histórica, pode encontrar o livro de David e Mark Shepherd na Surrenden Pens. Online, também se descobre quase tudo. O Rick Conner faz as apresentações, o Tony Fishier mostra (e ensina a distinguir) todas as versões que foram feitas e o Richard Binder mostra a anatomia e explica como funciona.

Comprar uma também é fácil. Como foram vendidos muitos milhares de exemplares, encontra-se sempre um bom exemplar numa feira de antiguidades ou no eBay. Os preços variam, mas é possível encontrar um exemplar dos mais comuns por 40 ou 50€. Infelizmente, é cada vez mais difícil encontrar quem as repare, mas a maior parte delas só precisam de ficar dentro de água durante alguns dias, encher e esvaziar com água limpa várias vezes a seguir e pronto, estão prontas para escrever.

Wednesday, August 15, 2007

O site de todas as ideias

Desde 1984, mil pessoas por ano têm o privilégio de ouvir os maiores pensadores do mundo nas conferências anuais TED. Muito para além das áreas que a sigla TED sugere ("Technology, Entertainment, Design"), estas conferências tornaram-se num ponto de encontro de pessoas tão diferentes como Al Gore, Bono ou Chris Anderson. Os temas vão desde o impacto da tecnologia na nossa vida até à existência de Deus, passando pelo que nos faz feliz ou pelo próprio funcionamento da mente. Não há limites para a criatividade.

ted

O site TED - “Ideas Worth Spreading”, lançado em Abril deste ano, dá-nos acesso a quase tudo o que esse mil privilegiados puderam ouvir. Tudo, com um interface fabuloso, vídeos de boa resolução, preparados para ver no computador ou no iPod, em directo ou depois de fazermos o download. Um site fascínante, que já me levou a descarregar muitos vídeos, a ver outros tantos e a enviar alguns. E sim, há mesmo ideias que vale a pena espalhar.