As teorias da
fascinam-me desde que andava na escola secundária. Para além da beleza da
, o que me cativou na complexidade foi a noção de que algo de radicalmente novo pode emergir das interacções normais do dia-a-dia. Acredito que a web está a facilitar a interacção humana de uma forma que torna cada vez mais óbvios os processos de aparecimento de padrões emergentes.
Um exemplo: o
, que já mencionei no último artigo. Na base, é um serviço muito simples para criar “microblogues”: cada um de nós tem 140 caracteres para responder à questão “o que estás a fazer?”. Parece simples, não é? Mas a seguir escolhemos quem seguimos (como se subscrevêssemos um feed RSS) e as pessoas que seguimos, se nos conhecerem, podem passar a seguir-nos também. Vendo a quem as pessoas que seguimos respondem, descobrimos mais pessoas que queremos seguir e, em pouco tempo, surge espontaneamente um grupo de gente que fala entre si, uma comunidade emergente. Então,
e políticos (
, por exemplo) começam a usá-lo para estabelecer uma ligação directa com os seus utilizadores e votantes. Utilizando a plataforma aberta do Twitter, programadores começam a fazer (e a vender)
. A utilização cresce e o
enquanto novos padrões continuam a emergir, sem um plano prévio ou uma intenção clara.
É isto que a “web 2.0” significa realmente para mim. Depois de acabar de ler o último livro do
(
), acredito que está a acontecer alguma coisa realmente significativa: uma nova geração de pessoas (dos 20 aos 30 e tal) estão a usar a tecnologia de uma forma diferente porque se libertaram: a tecnologia para eles é como o ar, não lhe dão demasiada atenção mas utilizam-na com toda a naturalidade!
Actualização - Depois de publicar este artigo, descobri algumas opiniões interessantes sobre o
:
1 comment:
Comentários importados do Haloscan:
Acho que isso se deve à preocupação cada vez maior de garantir que a tecnologia é intuitiva. Uma criança com menos de 5 anos consegue usar um iPod touch para chegar às fotos e aos jogos por exemplo, já com um nokia não tem tanta facilidade.
Mas al ém disso é também uma questão de conseguir encontrar um contexto onde a tecnologia tenha de facto valor para o dia a dia.
bruno amaral | Homepage | 27.11.08 - 12:33 am | #
Bruno,
É verdade que a cada vez maior facilidade de utilização ajuda, mas também é verdade que há perfis de utilização muito diferentes em cada geração. Aquilo que se torna essencial para o dia-a-dia de algumas pessoas pode até estar fora do que outras consideram útil ou necessário...
Rui | Homepage | 27.11.08 - 3:03 pm | #
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