Até agora, a colaboração estava restrita ao horizonte físico, uma limitação intransponível excepto em momento raros de mobilização como revoluções ou protestos em massa. A Internet removeu essas barreiras, permitindo a colaboração livre à escala global. O desenvolvimento do sistema operativo Linux e de tanto outros programas criados como open source demonstrou que, mesmo em tarefa tão complexas, a colaboração aberta resulta. Essa colaboração alimenta-se da liberdade para publicar, seja através de um blog ou criando um alterando um artigo da Wikipedia, pois transforma-se na liberdade para colaborar, participar e ser ouvido.
Esta mudança de paradigma (da construção planificada por comando central para a construção colaborativa emergente) faz-se sentir nas empresas, em primeiro lugar, alterando as regras de jogo da inovação. Qualquer empresa procura fazer alguma coisa de forma diferente para ganhar uma vantagem competitiva sobre os seus concorrentes que aumente o seus lucros. A forma convencional de fazer isto é confiando na investigação, geralmente realizada em laboratórios e baseada no maior secretismo quanto ao que se está a preparar. A Procter&Gamble, por exemplo, resolveu quebrar essas regras e abrir a sua investigação e desenvolvimento aos contributos de milhares de voluntários que, por um prémio, estão dispostos a contribuir com as suas capacidades. Os exemplos multiplicam-se nas mais diversas indústrias, do sector mineiro à televisão, mostrando que há novas oportunidades de criar valor para quem souber aproveitar estas novas possibilidades.
O termo Wikinomics é assim uma metáfora que vai muito para além da origem do termo wiki, permitir que qualquer pessoa edite o site que está a ver. A Wikieconomia é uma metáfora para um novo mundo de participação e colaboração a uma escala sem precedentes.
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